DIGA-ME SOBRE O AMOR (Inspirada na música francesa "PARLEZ-MOI D´AMOUR" de LUCIENNE BOYER)
Hoje tirei novamente um tempo para relembrar de nós dois, meu primeiro amor. Todavia, dediquei-me dessa vez aos cartões de boas festas que trocávamos durante as festas de finais semana. Era praticamente certo que nós nos reencontraríamos no ano seguinte na mesma escola e mesma turma. Ainda assim, sentia a falta da sua presença durante as férias de final de ano. Sentia-me carente da sua presença, do seu olhar, do seu sorriso e até do seu perfume perto de mim.
Não importava que você estivesse em Guarapari no Espírito Santo e eu em Fortaleza no Ceará no verão. Não havia distância que nos separasse. Dávamos sempre um jeito de usarmos. Naquela época não havia Internet, Whatsapp e outras tecnologias de comunicação dos dias atuais. Porém, se, por um lado, elas poderiam facilitar a nossa troca de mensagens durante as férias, por outro, provavelmente tornariam mais frias os nossos votos de final de ano e as notícias que trocávamos um com o outro sobre estávamos. Afinal, a carta escrita à mão e o bom e velho cartão de Natal eram mais humanizados porque a letra, as palavras e até o cheiro do papel que ficava impregnado com o seu perfume me acalentavam o coração e faziam a minha mente viajar até você em pensamento.
Algumas pessoas perguntam-me por que tenho tanto apego a um passado sem retorno. Outras questionam-me se tenho mágoas pelas escolhas que você fez para a sua vida, resultando provavelmente em nossa separação neste plano material até o final da nossa existência. Sinceramente, não. Primeiramente, se eu tivesse mágoa de você, não guardaria ainda tanto afeto. Em segundo lugar, se fosse para vê-la nos braços de outro homem e com filhos que não fossem os nossos, melhor que tivesse sido assim a nossa separação, pois sei que está distante e isolada deste mundo. Não foi minha, mas também não foi de outro. Egoísmo? Talvez... Com certeza eu já a teria apagado da minha mente por sentimento de coração dilacerado (ou como dizem vulgarmente por aí, a tal "sofrência"). Em terceiro lugar, talvez querendo-me enganar, prefiro acreditar que se não deu certo nesta vida, quem sabe do outro lado dela ou em outra "reencarnação".
Para falar a verdade, diante de tanta dor física, sofrimento com dias, meses e anos de tratamentos e medicamentos que parecem não terem fim, parar para pensar que nunca me casei, tive filhos e dei certo com qualquer namorada até hoje me fez refletir. Não será justo comigo, com você e mais ainda com outras mulheres se eu me comprometesse com elas sem retirá-la jamais do meu coração, Margareth. Não entregaria um amor verdadeiro e sincero a outra pessoa e ainda me sentiria infeliz, talvez me sentindo na necessidade de permanecer com ela por obrigação do compromisso assumido e dos filhos que seriam inocentes em toda esta história. Se eu for primeiro do que você, estarei lhe esperando lá do outro lado da vida. Se eu for merecedor do perdão e da piedade de Deus diante do que fiz de bem e mal neste mundo, estarei do plano espiritual olhando você com o mesmo olhar de ternura, orando pelo seu bem e quem sabe até lhe visitando aqui na Terra sem que me perceba ou lhe incomode em sua rotina.
Mesmo diante das cartas e dos cartões já amarelados pelo passar do tempo, ainda consigo lê-las ouvindo a música francesa "Parlez-Moi d´Amour" e voltar à adolescência. É como se a minha memória me conduzisse a um túnel do tempo e naquela época tivesse esperando algum cartão de boas festas e alguma carta de verão e falando comigo mesmo: Diga-me sobre o amor sincero e verdadeiro, Margareth. Fale qualquer de você e do que lhe passa e acalme o meu coração. Quero ver as suas letras no papel, não me cansar de ler e matar esta saudade que guardo bem fundo dentro de mim. Cheirar o cartão e a carta e sentir o seu aroma de flores e rosas embriagando-me o coração de sentimentos amor, companheirismo e esperança de revê-la novamente em breve.
Posso até estar morrendo aos poucos por fora, Margareth. Porém, o que carrego dentro de mim por você, isto nada e ninguém pode me retirar. Levarei até a eternidade comigo. Afinal, o que senti na adolescência e sentirei até o meu último suspiro neste mundo foi um dos grandes presentes que esta vida me deu! Por este motivo, dedico-lhe, Margareth, onde quer que esteja a letra desta canção francesa tão linda para mim:
Não importava que você estivesse em Guarapari no Espírito Santo e eu em Fortaleza no Ceará no verão. Não havia distância que nos separasse. Dávamos sempre um jeito de usarmos. Naquela época não havia Internet, Whatsapp e outras tecnologias de comunicação dos dias atuais. Porém, se, por um lado, elas poderiam facilitar a nossa troca de mensagens durante as férias, por outro, provavelmente tornariam mais frias os nossos votos de final de ano e as notícias que trocávamos um com o outro sobre estávamos. Afinal, a carta escrita à mão e o bom e velho cartão de Natal eram mais humanizados porque a letra, as palavras e até o cheiro do papel que ficava impregnado com o seu perfume me acalentavam o coração e faziam a minha mente viajar até você em pensamento.
Algumas pessoas perguntam-me por que tenho tanto apego a um passado sem retorno. Outras questionam-me se tenho mágoas pelas escolhas que você fez para a sua vida, resultando provavelmente em nossa separação neste plano material até o final da nossa existência. Sinceramente, não. Primeiramente, se eu tivesse mágoa de você, não guardaria ainda tanto afeto. Em segundo lugar, se fosse para vê-la nos braços de outro homem e com filhos que não fossem os nossos, melhor que tivesse sido assim a nossa separação, pois sei que está distante e isolada deste mundo. Não foi minha, mas também não foi de outro. Egoísmo? Talvez... Com certeza eu já a teria apagado da minha mente por sentimento de coração dilacerado (ou como dizem vulgarmente por aí, a tal "sofrência"). Em terceiro lugar, talvez querendo-me enganar, prefiro acreditar que se não deu certo nesta vida, quem sabe do outro lado dela ou em outra "reencarnação".
Para falar a verdade, diante de tanta dor física, sofrimento com dias, meses e anos de tratamentos e medicamentos que parecem não terem fim, parar para pensar que nunca me casei, tive filhos e dei certo com qualquer namorada até hoje me fez refletir. Não será justo comigo, com você e mais ainda com outras mulheres se eu me comprometesse com elas sem retirá-la jamais do meu coração, Margareth. Não entregaria um amor verdadeiro e sincero a outra pessoa e ainda me sentiria infeliz, talvez me sentindo na necessidade de permanecer com ela por obrigação do compromisso assumido e dos filhos que seriam inocentes em toda esta história. Se eu for primeiro do que você, estarei lhe esperando lá do outro lado da vida. Se eu for merecedor do perdão e da piedade de Deus diante do que fiz de bem e mal neste mundo, estarei do plano espiritual olhando você com o mesmo olhar de ternura, orando pelo seu bem e quem sabe até lhe visitando aqui na Terra sem que me perceba ou lhe incomode em sua rotina.
Mesmo diante das cartas e dos cartões já amarelados pelo passar do tempo, ainda consigo lê-las ouvindo a música francesa "Parlez-Moi d´Amour" e voltar à adolescência. É como se a minha memória me conduzisse a um túnel do tempo e naquela época tivesse esperando algum cartão de boas festas e alguma carta de verão e falando comigo mesmo: Diga-me sobre o amor sincero e verdadeiro, Margareth. Fale qualquer de você e do que lhe passa e acalme o meu coração. Quero ver as suas letras no papel, não me cansar de ler e matar esta saudade que guardo bem fundo dentro de mim. Cheirar o cartão e a carta e sentir o seu aroma de flores e rosas embriagando-me o coração de sentimentos amor, companheirismo e esperança de revê-la novamente em breve.
Posso até estar morrendo aos poucos por fora, Margareth. Porém, o que carrego dentro de mim por você, isto nada e ninguém pode me retirar. Levarei até a eternidade comigo. Afinal, o que senti na adolescência e sentirei até o meu último suspiro neste mundo foi um dos grandes presentes que esta vida me deu! Por este motivo, dedico-lhe, Margareth, onde quer que esteja a letra desta canção francesa tão linda para mim:
DIGA-ME SOBRE O AMOR
(PARLEZ-MOI D'AMOUR)
Fale-me sobre o amor (Parlez-moi d'amour)
Fale-me outra vez das coisas tenras (Redites-moi des choses tendres)
Seu belo discurso (Votre beau discours)
Meu coração não se cansa de ouvir (Mon cœur n'est pas las de l'entendre)
Desde sempre (Pourvu que toujours)
Você repetir estas últimas palavras (Vous répétiez ces mots suprêmes)
Eu te amo (Je vous aime)
Você sabe (Vous savez bien)
Que na verdade eu acho que não (Que dans le fond je n'en crois rien)
Mas ainda assim eu ainda quero (Mais cependant je veux encore)
Ouvir esta palavra que eu adoro (Écouter ce mot que j'adore)
Sua voz soa como um carinho (Votre voix aux sons caressants)
Que o murmúrio, estremecendo (Qui le murmure en frémissant)
Me embalava com sua bela história (Me berce de sa belle histoire)
E apesar de mim mesma, eu quero acreditar (Et malgré moi je veux y croire)
Ela é tão doce (Il est si doux)
O meu tesouro querido, é um pouco louco (Mon cher trésor, d'être un peu fou)
Que a vida é por vezes demasiado amarga (La vie est parfois trop amère)
Se alguém não acredita em sonhos (Si l'on ne croit pas aux chimères)
A dor é rapidamente acalmada (Le chagrin est vite apaisé)
Pelo consolo de um beijo (Et se console d'un baiser)
A ferida no coração é curada (Du cœur on guérit la blessure)
Por um juramento que tranquiliza (Par un serment qui le rassure).
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