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Mostrando postagens com o rótulo Educação Básica
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  AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DE HISTÓRIA QUE OS PROFESSORES DA DISCIPLINA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DEVERIAM DOMINAR... Por JORGE ESCHRIQUI O mais aspecto mais significativo da História diz respeito ao carácter simultaneamente objetivo e subjetivo da ciência histórica. Por um lado, a cientificidade e a validade acadêmica (a aceitação e o reconhecimento do trabalho do historiador pelos demais colegas de universidade) do conhecimento histórico estão baseadas na utilização de um arcabouço teórico-metodológico, enquanto resultado de séculos de estudos sobre Teoria da História, Filosofia da História e Historiografia, que possibilita as práticas de heurística (levantamento de dados e informações presentes em diferentes tipos de fontes) e hermenêutica (técnicas de análise de documentos que possibilitam se comprovar a ocorrência de certos fenômenos e fatos históricos). Assim, constitui-se uma pesquisa que busca resgatar para o tempo presente as ações de diversos personagens em um determ...
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  QUAL HISTÓRIA ENSINAR PARA AS CRIANÇAS E OS JOVENS NAS SALAS DE AULA DO BRASIL? Por JORGE ESCHRIQUI A resposta ao questionamento sobre o que ensinar em História passa pela percepção de que é impossível ensinar toda a história de todos os tempos e de todas as sociedades. Diante de tal constatação, faz-se necessária a seleção de tema essenciais para o ensino desta disciplina que possibilitem aos alunos a reflexão, o questionamento e a intervenção consciente na realidade na qual estão inseridos, enxergando-se como sujeitos ativos da História e agentes transformadores da sociedade. Entretanto, para que este objetivo da disciplina seja alcançado, é importante possibilitar aos discentes uma aprendizagem fundamentada em uma abordagem dos acontecimentos históricos como resultado das ações de todos os homens e não apenas de "grandes personagens" (governantes, generais, diplomatas, papas, etc.) e as conquistas de direitos políticos, sociais e civis como fruto de lutas, n...
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POR QUE NÃO EXISTE COMPONENTE CURRICULAR NEUTRO?: O EXEMPLO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI Às escolas de Educação Básica são endereçados determinados conteúdos específicos. Tais conteúdos são selecionados e elaborados em ambientes externos de produção porque os programas curriculares representam as demandas políticas, sociais, econômicas e culturais presentes nos projetos políticos nacionais de cada contexto histórico. Em outras palavras, não há a separação dos conteúdos curriculares dos diferentes projetos de nação elaborados pelo Estado em diferentes momentos da história. Um caso específico que pode ser analisado para referendar a afirmação citada no parágrafo anterior diz respeito à História, que sempre foi um ponto estratégico na política estatal. Em 1837, quando surgiu esta disciplina no Colégio D. Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, a preocupação dos conteúdos deveria ser com um ensino baseado em narrativas históricas permeadas ...
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  OS INDICADORES DE QUALIDADE DA ESCOLA BRASILEIRA Por JORGE ESCHRIQUI Não há um conceito único para qualidade na escola. Afinal, ele se vincula à mentalidade, à cultura e às necessidades políticas, econômicas e sociais de cada sociedade nos diferentes períodos históricos. A qualidade na escola está relacionada com a seguinte pergunta: Que tipo de pessoas espera-se formar ao final da Educação Básica nas instituições de ensino do país? Em outras palavras, é impossível não se refletir sobre a qualidade sem deixar de lado o pensamento sobre o tipo de ensino e aprendizagem ofertado às crianças e aos jovens brasileiros. Ademais, como não há padronização para o alcance da qualidade na escola, pois, como já foi abordado anteriormente, tal conceito está diretamente relacionado com uma determinada realidade sócio histórica, a melhor alternativa para que haja parâmetros entre o ensino atual e o desejado é conhecer a própria comunidade escolar e a sociedade na qual ela está inserid...
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A INICIAÇÃO NA PESQUISA CIENTÍFICA PODE SER UM IMPORTANTE RECURSO DIDÁTICO PARA A APRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA?: O EXEMPLO DA ANÁLISE DE DOCUMENTOS NO ENSINO DE HISTÓRIA Por JORGE ESCHRIQUI A História apresenta duas faces. Uma face científica caracterizada pela objetividade e outra artística ou literária marcada pela subjetividade. A face científica ou objetiva diz respeito à constatação de que a História se constitui em uma ciência que apresenta uma linguagem acadêmica durante a escrita da produção de uma pesquisa (historiografia) e um arcabouço teórico e metodológico próprio no tratamento do objeto de estudo (epistemologia), além de possuir técnicas para identificar a validade dos dados presentes em documentos (heurística). Contudo, tanto os documentos quanto os trabalhos historiográficos não conseguem contemplar o passado em sua totalidade. Isto se deve sobretudo ao fato de que a produção histórica está permeada pelas visões de mundo e pelos val...
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  AS CIÊNCIAS HUMANAS E A FORMAÇÃO HUMANA DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI A escola e, em especial, as Ciências Humanas, podem contribuir para a formação humana do educando por meio da abordagem de conhecimentos em sala de aula que sejam relevantes para a vida presente e futura do aluno, ou seja, para além dos limites físicos da instituição de ensino. Uma educação preocupada com a formação humana do discente implica em literalmente prepará-lo para a vida, isto é, em promover conhecimentos que possam ser continuamente mobilizados durante a sua existência como instrumentos necessários para uma reflexão crítica e atuação consciente diante dos problemas da sociedade na qual ele está inserido enquanto cidadão. A área das Ciências Humanas no currículo escolar (História, Geografia, Sociologia e Filosofia) deve pautar-se pelo estudo dos seres humanos em suas múltiplas relações. Os seus saberes precisam ser mobilizados na escola com a finalidade de auxilia...
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  AS DIFERENTES PERSPECTIVAS SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI (1) Qual é o papel da História na avaliação dos acontecimentos atuais? O papel da História na escola é retirar os jovens de um "presenteísmo" que os impede a percepção no passado da presença de possíveis fatores explicativos para o entendimento de fatos e fenômenos do mundo contemporâneo. Tal "presenteísmo" pode ser explicado pelos hábitos de consumo intensos implantados pela fase atual do sistema capitalista que procura constantemente relacionar o novo com o moderno e o antigo com o velho ou ultrapassado e vincular a autoestima dos indivíduos com o consumo desenfreado e, muitas vezes, irracional de novos objetos e tecnologias lançados constantemente. Além disso, o estado de "presentificação" está baseado também na massificação de informações que são compartilhadas no mundo globalizado por diversos meios de comunicação. Informações que normalmente são desp...
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A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE NOÇÕES BÁSICAS DE PSICOLOGIA PARA O EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI O conhecimento de noções básicas de Psicologia é fundamental para o exercício do magistério em decorrência do tempo escasso que as famílias dispõem para os filhos em uma sociedade em que os casais precisam trabalhar para a sustentação dos lares e acontece a perda de valores e identidades tradicionais ocasionada pelos processos de migrações e urbanização intensificados desde os anos 1950 (processo que pode resultar na desestruturação das famílias motivada pelas más condições de vida e pela violência, principalmente, nas periferias dos centros urbanos). É esta a clientela de crianças e jovens com a qual os professores da Educação Básica deparam-se frequentemente nas escolas públicas. Trata-se de crianças e jovens que normalmente têm no convívio escolar o seu único meio de socialização e que veem nos colegas e funcionários da escola, sobretudo no...
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DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, RELAÇÕES INTERPESSOAIS E AFETO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Por JORGE ESCHRIQUI No ambiente escolar os alunos e os professores não são somente sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, mas também atores sociais imersos em uma cultura e com histórias particulares de vida. O docente tem diante de si na sala de aula indivíduos que trazem consigo os seus componentes histórico, cultural, afetivo, linguístico, entre outros. Se o processo de ensino e aprendizagem ocorre em um espaço de socialização no qual há a transmissão de conhecimentos, hábitos, atitudes e valores compartilhados pela coletividade e resultantes de séculos de produção cultural da civilização ocidental, por outro lado, não se deve perder de vista a diversidade existente entre os seres humanos como consequência de um processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor específico explicado pelas peculiaridades físicas, da formação e da trajetória de vida de cada um. Por...
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SOBRE OS CONCEITOS DE AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E AVALIAÇÃO QUALITATIVA NA EDUCAÇÃO BÁSICA (AVALIAR PODE SER UM MECANISMO PEDAGÓGICO DE EVASÃO ESCOLAR, REPRODUÇÃO DAS DESIGUALDADES E EXCLUSÃO SOCIAL?) Por JORGE ESCHRIQUI A partir da década de 1960, surgiram inúmeras críticas aos modelos e práticas de avaliação baseados na concepção tecnicista e quantitativa, caracterizada pelos testes padronizados de rendimento escolar que não proporcionam as informações suficientes para se compreender efetivamente a qualidade do que é ensinado pelo professor e aprendido pelos alunos. Diante da necessidade de uma revisão e superação de um processo avaliativo fundamentado no tecnicismo, diversas correntes pedagógicas e autores propuseram enfoques de avaliação alternativos, com pressupostos éticos, epistemológicos e teóricos diferentes, mas que convergiam para um aspecto em comum: a priorização dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos para o acompanhamento, a análise e a intervenção para ...
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A APLICABILIDADE DAS TEORIAS INTERACIONISTAS DE PIAGET, VYGOTSKY, WALLON E AUSUBEL NA EDUCAÇÃO BÁSICA (A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA PARA A COMPREENSÃO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DO ALUNO) POR JORGE ESCHRIQUI As teorias do desenvolvimento e da aprendizagem de Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel são consideradas interacionistas porque esses autores partem do pressuposto de que o sujeito é capaz de construir o seu conhecimento por meio da interação com o objeto do conhecimento. Ao contrário da teoria inatista ou apriorística que considera que o ser humano já nasce com o conhecimento, bastando apenas de uma motivação para expressar o conhecimento que já possuía, e do empirismo ou da teoria ambientalista, na qual se insere o behaviorismo ou comportamentalismo de Skinner, que considera o ser humano uma tábula rasa, pois as bases do conhecimento estão nos objetos e em sua observação, podendo ser transmitido de um sujeito para outro por meio de forma oral, escrita, gestual, etc...
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AS CONTRIBUIÇÕES DE JEAN PIAGET PARA A COMPREENSÃO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DOS ALUNOS AO LONGO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI Jean Piaget foi um dos primeiros teóricos a pesquisar cientificamente como o conhecimento é formado na mente a partir de observações sobre os estágios do desenvolvimento psíquico desde recém-nascidos, que viviam em um estado de não reconhecimento de sua individualidade frente ao mundo que o cerca, até adolescentes, que já começam a desenvolver operações de raciocínio mais complexas. A partir das análises destas pesquisas, Piaget elaborou as bases de sua teoria que denominou de Epistemologia Genética. Segundo a Epistemologia Genética, a criança reconstrói a suas ações e ideias quando se relaciona com novas experiências ambientais, ou seja, o conhecimento humano é construído na interação homem-meio ou sujeito-objeto. Entretanto, a aquisição do conhecimento depende do estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança, ou seja, de sua mat...