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A HERANÇA DA POLÍTICA ECONÔMICA DA DITADURA CIVIL MILITAR: ÊXODO RURAL, CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA, AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL, ENDIVIDAMENTO EXTERNO, ARROCHO SALARIAL, HIPERINFLAÇÃO E DETERIORAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO (Fatos históricos sobre o regime militar no Brasil de 1964 a 1985 que não devem ser esquecidos) Por Luís Barrucho (Jornalista da BBC News Brasil em Londres) Não é incomum que o período do regime militar no Brasil, entre 1964 e 1985, seja lembrado por alguns com certa nostalgia como um tempo marcado por um forte crescimento da economia, que ficou conhecido "milagre econômico". A economia brasileira nunca cresceu tanto - antes ou depois. A taxa média de crescimento nesse período girava em torno de 10% por ano. Mas especialistas notam que o regime militar deixou para o país uma herança maldita para a economia, como o agravamento de alguns dos problemas que ainda marcam o noticiário econômico brasileiro, como o endividamento do setor público e o aumento d...
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AS RELAÇÕES ENTRE AS ORGANIZAÇÕES GLOBO E A DITADURA CIVIL MILITAR: QUAIS OS LIMITES DA NARRATIVA DE IMPARCIALIDADE DA MÍDIA NO BRASIL? (Fatos e personagens históricos do Regime Militar Brasileiro de 1964-1985) Por THOMAS E. SKIDMORE A mídia cultural que alcançou maior impacto durante o regime militar foi a televisão. Em 1960, o ano em que Jânio Quadros ganhou a presidência, o Brasil tinha menos de 600 mil aparelhos de TV. Em 1986, o total era de 26,5 milhões, um aumento de mais de quarenta vezes, ajudado por termos de instalação favoráveis induzidos pelo governo. O número de estações havia aumentado a uma taxa ainda mais rápida. Em 1964 havia apenas 14, enquanto em 1985, quando o último general deixou a presidência, havia 150. Além disso, uma rede de micro ondas construídas pelo governo ajudou a criar um sistema de dimensão nacional, o que significava que o governo federal, por meio de seu licenciamento, podia moldar (e moldou) a propriedade da mídia da qual a maioria dos...
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                       RELATO DA TORTURA*  (Para a reflexão crítica por parte dos "cristãos conservadores" sobre apoio a golpes de Estado e implantação de regimes de exceção no Brasil) Por FREI TITO        Fui levado do presídio Tiradentes para a "Operação Bandeirantes", OB (Polícia do Exército), no dia 17 de fevereiro de 1970, 3ª feira, às 14 horas. O capitão Maurício veio buscar-me em companhia de dois policiais e disse: "Você agora vai conhecer a sucursal do inferno". Algemaram minhas mãos, jogaram me no porta-malas da perua. No caminho as torturas tiveram início: cutiladas na cabeça e no pescoço, apontavam-me seus revólveres.      Preso desde novembro de 1969, eu já havia sido torturado no DOPS. Em dezembro, tive minha prisão preventiva decretada pela 2ª auditoria de guerra da 2ª região militar. Fiquei sob responsabilidade do juiz auditor Dr. Nelson Guimarães. Soube posteriormente que...