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Mostrando postagens com o rótulo Autobiografia
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  NUNCA SER UM POLITICAMENTE INDIFERENTE (Inspirado no texto "Odeio os indiferentes" de ANTONIO GRAMSCI) Por JORGE ESCHRIQUI Fiz completamente os antigos 1.º e 2.º graus em uma escola particular confessional católica (da 1.ª série do 1.º grau até o 3.º ano do 2.º grau). Era escola bastante conservadora que seguia basicamente o modelo de ensino tradicional do regime militar, embora os gestores tentassem esconder às vezes tal fato. Durante os onze anos em que lá estudei, tinha que seguir regras bem rígidas, como por exemplo, horários para entrada e saída sem concessões, fila para a entrada e o intervalo (recreio) estando dispostos de um lado só meninos e outro só meninas, orações em todas as entradas diariamente, hora cívica todas as sextas-feiras cantando todos os hinos possíveis (do Distrito Federal, Nacional, da Independência e da Bandeira), advertências e suspensões em caso de indisciplina em sala de aula (quantas vezes levei umas boas palmadas entre os meus 7 e 12...
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  A AUTOBIOGRAFIA DE UM ESCRITOR EX-ESCRAVO: MAHOMMAH GARDO BAQUAQUA (Para uma reflexão histórica sobre a luta e resistência da população negra contra o racismo e a escravidão na América e, em especial, no Brasil) A autobiografia de Mahommah Gardo Baquaqua é um importante documento histórico sobre a luta e resistência da população negra contra o racismo e a escravidão no continente americano e, em especial, no Brasil, no século XIX. Trata-se de um dos poucos homens que deixou registro escrito de sua vida como escravo e de como se libertou. Em seu livro de memórias, Mahommah declara ter nascido na cidade de Djougou, em Benin, que era um importante mercado de escravos na África Ocidental. Em 1845, capturado pelo exército Ashante, foi vendido a traficantes brasileiros. Chegou ao Estado de Pernambuco, onde foi batizado com o nome de José e vendido a um padeiro, que o descrevia como um "patife com feições humanas". Segundo o relato de Mahommah, depois de muitas surras e chic...