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Mostrando postagens com o rótulo Direitos Humanos
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  O TRABALHO PEDAGÓGICO COM ALUNOS DEFICIENTES NA ESCOLA INCLUSIVA Por JORGE ESCHRIQUI A educação especial envolve um amplo processo de mudanças para a implantação de sistemas educacionais inclusivos, revertendo propostas convencionais de criação de programas para atendimento de forma segregada de alunos com deficiências e inserindo gestores públicos e educadores na elaboração de políticas que contemplem a diversidade. O trabalho pedagógico com alunos deficientes deve ter como fundamentos a inclusão educacional, o respeito aos direitos humanos, a valorização das diferenças entre os indivíduos e a construção de sistemas de ensino com escolas abertas para todos. O debate sobre a educação inclusiva tem como ponto de partida o princípio constitucional que trata da igualdade de condições de acesso e permanência na escola a todos os indivíduos indistintamente. A prática de tal princípio implica na necessidade de mudança dos conceitos de normalidade e padrões de aprendizagem do m...
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  A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A NECESSIDADE DE UMA POLÍTICA EDUCACIONAL INCLUSIVA Por JORGE ESCHRIQUI A educação especial envolve um amplo processo de mudanças para a implantação de sistemas educacionais inclusivos, revertendo as propostas convencionais de criar programas especiais para atender, de forma segregada, alunos com necessidades especiais e inserindo os gestores públicos e os profissionais da educação na elaboração de políticas para todos, que contemplem a diversidade humana. Uma política de inclusão educacional deve ser fundamentada nos princípios éticos do respeito aos direitos humanos e numa proposta pedagógica que se proponha a ensinar todos os alunos, valorizando as diferenças de cada um no processo educacional e na concepção política de construção de sistemas educacionais com escolas abertas para todos. O princípio constitucional de igualdade de condições de acesso e permanência na escola deve implicar na necessidade de se reverter os velhos conceitos de norma...
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SEMPRE SEREMOS DEMOCRACIA, DIREITOS HUMANOS E PAZ. JAMAIS DITADURA, VIOLAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS E VIOLÊNCIA! (Reflexão: O que pode representar o Oscar como Melhor Filme Internacional de "Ainda estou aqui"?) Por MARGARIDA GENEVOIS* (Membro-fundadora da Rede Brasileira de Educação e Direitos Humanos e da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Recebeu o Prêmio USP de Direitos Humanos) Muitas vezes me perguntei onde começa o mérito de nossas ações. Somos o resultado de tantos fatores: hereditários, genéticos, circunstanciais, do acaso ou sorte que nos coloca num dado momento em determinado lugar, dos encontros e pessoas que cruzam nosso caminho. Há momentos vividos que marcam profundamente nossas vidas. São intensos e plenos de significados, adquirem o aspecto de uma graça, e continuam reverberando em outros tempos de nossa vivência. Um sentido profundo em minha vida é ver a responsabilidade que temos uns para com os outros e como às vezes pode...
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CLAUDIA ANDUJAR, A FOTOGRAFIA COMO RECURSO ANTROPOLÓGICO E A DEFESA DA VIDA E CULTURA DO POVO YANOMAMI NO BRASIL (Reflexão e conscientização da relevância das causas dos direitos humanos e do indigenismo) (1) Da perseguição nazista à defesa dos direitos fundamentais das minorias: Filha única de Germaine Guye, uma suíça protestante, e de Siegfried Haas, um engenheiro húngaro judeu, Claudia nasceu em 12 de junho de 1931, na cidade de Neutâchel, na Suíça. Passou a infância em Orádea (que antigamente pertencia à Hungria e atualmente faz parte do território romênio). O casal se separou quando Claudia tinha 8 anos. A menina fica sob a guarda do pai e, pouco tempo depois, é internada em um convento católico. A Segunda Guerra Mundial começava em 1939 e a Hungria se unira à Alemanha, integrando assim as Forças do Eixo. Os judeus, incluindo o pai de Claudia, são tirados de suas casas e enviados a um gueto. Siegfried Haas é depois deportado para o campo de concentração de Dachau, on...
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  POR QUE A DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DA COMUNIDADE LGBTQIA+?        Por JORGE ESCHRIQUI O Brasil é o país do mundo ocidental onde mais se assassina indivíduos da comunidade LGBTQIA+, sobretudo a parcela composta por transexuais. E não se trata de Fake News, mas de uma deprimente realidade. Segundo dados do dossiê " Assassinatos e Violência Contra Transexuais e Travestis", elaborado pela Trans Murder Monitoring ("Observatório de Assassinatos Trans", em inglês) e Associação Nacional de Transexuais e Travestis (Antra), e divulgado em 29 de janeiro de 2021 (Dia da Dia da Visibilidade Trans), "só até setembro de 2020, foram 350 assassinatos reportados — um aumento de 6% em relação a todo o ano de 2019. Dessas mortes, 82% aconteceram na América Latina, sendo 43% delas no Brasil". Entre os motivos para este deplorável cenário, podem ser citados o preconceito, a falta de oportunidades e a escassez de políticas públicas para a inclusão social da população ...
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  OS NINGUÉNS (Para crítica e protesto contra a violação de Direitos Humanos das populações negra e indígena - sobretudo das tribos Yanomamis - no Brasil) Por EDUARDO GALEANO "As pulgas sonham com comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chova de repente, que chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura. Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada. Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos: Que não são, embora sejam. Que não falam idiomas, falam dialetos. Que não praticam religiões, praticam superstições. Que não fazem arte, fazem artesanato. Que não são seres humanos, são recursos humanos. Que não tem cultura, têm folclore. Que não têm...
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  PERGUNTAR OU AGIR Por HERBERT JOSÉ DE SOUSA - BETINHO (Sociólogo e ativista dos Direitos Humanos no Brasil) Como ajudar os milhões de brasileiros que estão na indigência? O que fazer? Nos últimos meses, desde que a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida está nas ruas provocando a sociedade civil e organizada a se mobilizar contra a fome, os mais diversos interlocutores têm me feito a mesma pergunta. O que me questiono é se devo responder. Afinal, o objetivo do movimento é provocar, questionar, mobilizar a sociedade. Mas não existem respostas prontas. Existe, sim, a necessidade de que cada cidadão busque fazer a sua parte. A capacidade do brasileiro em ser solidário é enorme. Tão grande quanto a sua dificuldade em entender que cidadania é participação, mobilização, iniciativa. Cada um na sua rua, no seu bairro, na sua empresa, pode fazer alguma coisa. Não é preciso esperar uma ordem ou uma orientação. Não há regras, diretrizes, receitas prontas. O restaurante onde...