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Mostrando postagens com o rótulo Ditadura Civil Militar (1964-1985)
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D. PAULO EVARISTO ARNS QUESTIONA O PRESIDENTE MÉDICI NA DITADURA CIVIL MILITAR SOBRE A VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS (TEXTO PARA A REFLEXÃO SOBRE O SENTIDO DO AMOR AO PRÓXIMO NO CRISTIANISMO) Por D. PAULO EVARISTO ARNS (Forquilhinha - SC, 1921 - São Paulo - SP, 2016. Frade franciscano, cardeal e escritor brasileiro. Teve uma atuação pastoral voltada aos habitantes da periferia, aos trabalhadores, à formação de comunidades eclesiais de base nos bairros, principalmente os mais pobres, e à defesa e promoção dos direitos da pessoa humana. Ficou conhecido como o Cardeal dos Direitos Humanos, principalmente por ter sido o fundador e líder da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, e sua atividade política era claramente vinculada à sua fé religiosa). Com o Presidente Médici de fato eu me encontrei diversas vezes, porque naquele tempo as autoridades sempre iam receber o Presidente da República quando ele vinha a São Paulo. Então, eu o cumprimentava. Ele me conhecia. E uma vez até andei de...
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  PRISÃO, TORTURA E MORTE – Relato de um companheiro de Vladimir Herzog na prisão (Para uma crítica ao negacionismo da extrema direita referente à ocorrência de prisões, mortes e torturas durante a ditadura civil militar de 1964 a 1985) Por PAULO MARKUN (São Paulo - SP, 1952. Jornalista) O que é preciso saber sobre Vladimir Herzog? Que ele morreu no dia 25 de outubro de 1975, durante uma sessão de tortura, na rua Tomás Carvalhal, 1030, no bairro do Paraíso, em São Paulo, num prédio utilizado pelo Destacamento de Operações Internas – Comando Operacional de Informações do II Exército? Que os militares divulgaram fotos mostrando seu corpo em um uniforme verde, numa sala com um colchão e pedaços de anotações espalhados sobre os tacos do piso, em torno de uma cadeira de plástico? Que a cabeça pendia para o lado e as pernas se abriam para os dois lados, única e improvável maneira de alguém se enforcar com o cinto do uniforme na grade baixa colocada diante dos tijolos de vidro q...
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RADICALISMOS DE DIREITA E ESQUERDA NA DITADURA MILITAR: TORTURA E VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NUNCA MAIS! (Para uma reflexão histórica sobre a luta armada das guerrilhas e as torturas nos porões da ditadura militar no Brasil) Após o golpe de 1964, estudantes universitários de esquerda acusaram a direção do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de não resistir ao golpe militar. Inspirados, sobretudo pela Revolução Cubana, militantes de grupos de esquerda acreditavam na possibilidade da derrocada da ditadura militar através da luta armada. Para isso, partilhavam de duas ideias equivocadas. A primeira era a de que não havia mais possibilidade de desenvolvimento do capitalismo no Brasil, embora o denominado "milagre econômico" observado, principalmente durante o Governo Médici, desmentisse tal crença. A outra ideia era a de que, com a crise do capitalismo, os camponeses e os operários apoiariam a luta da guerrilha, perspectiva sobre o cenário brasileiro que também se revelou e...
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Coronel Alberto Brilhante Ustra, pseudônimo Dr. Tibiriçá: A biografia e os discursos de um torturador - Reflexão crítica sobre um dos personagens mais facínoras da História do Brasil (Fatos históricos sobre o regime militar no Brasil de 1964 a 1985 que não devem ser esquecidos) Por Magali Simone de Oliveira e Maria Magda Lima Santiago É importante lembrar que, oficialmente, o coronel Ustra foi o primeiro militar a ser reconhecido pela justiça brasileira como torturador. Há um temor de que o discurso presente nas memórias desse militar possa ser entendido como uma reconstituição legítima do que teria sido a vida militar e o governo dos presidentes militares, contrariando boa parte das informações que levaram a justiça a classificá-lo oficialmente como torturador. O discurso de apoio de Jair Bolsonaro ao coronel, alia-se a algumas ações, já adotadas pela extrema direita, que trazem para a contemporaneidade práticas e discursos comuns à ditadura, como a perseguição às universida...
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O MASSACRE DE INDÍGENAS DURANTE A DITADURA CIVIL MILITAR : Grandes obras na Amazônia serviram de pretexto para genocídio cometido pelo regime militar por meio de bombardeios, chacinas e destruição de locais sagrados dos povos indígenas (Fatos históricos sobre o regime militar no Brasil de 1964 a 1985 que não devem ser esquecidos) Por Kevin Damasio (National Geographic) Em 1972, a população de waimiris atroaris era de 3 mil pessoas, de acordo com a Funai. Ao término das obras do Plano de Integração Nacional imposto pelo regime militar, em 1983, restavam 350 sobreviventes. Na segunda metade de 1974, o povo kinja se reunia na aldeia Kramna Mudî para uma celebração típica dos índios waimiri atroari, na margem do rio Alalaú. "Já tinham chegado os visitantes de Camanaú e do Baixo Alalaú. O pessoal das aldeias do Norte ainda estava a caminho. A festa já estava começando com muita gente reunida", escreve o indigenista Egydio Schwade, um dos fundadores do Conselho Indigeni...
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A FARSA DA VERSÃO "OFICIAL" DA DITADURA SOBRE A MORTE DE ANÍSIO TEIXEIRA: POR QUE INTERESSAVA AO REGIME MILITAR O ASSASSINATO DO EDUCADOR PATRONO DO ENSINO PÚBLICO? (Fatos históricos sobre o regime militar no Brasil de 1964 a 1985 que não devem ser esquecidos) Por João Augusto de Lima Rocha (Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia-UFBA) A obra de João Augusto de Lima Rocha intitulada "Breve história da vida e morte de Anísio Teixeira – Desmontada a farsa da queda no fosso do elevador" objetiva demonstrar que o educador Anísio Teixeira não morreu em consequência de um acidente. O autor defende, de forma precisa e minuciosa, que a causa da morte não foi uma queda em fosso de elevador, como divulgado oficialmente, e que é muito provável a hipótese de ele ter sido assassinado por razões políticas. Além de justificar o porquê de a ditadura militar desejar eliminar uma pessoa como Anísio Teixeira, o livro ainda analisa a obra do educador baiano, revela...