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  INDIFERENTES Por ANTONIO GRAMSCI Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes. A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam frequentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heroica. A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais be...
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  NUNCA SER UM POLITICAMENTE INDIFERENTE (Inspirado no texto "Odeio os indiferentes" de ANTONIO GRAMSCI) Por JORGE ESCHRIQUI Fiz completamente os antigos 1.º e 2.º graus em uma escola particular confessional católica (da 1.ª série do 1.º grau até o 3.º ano do 2.º grau). Era escola bastante conservadora que seguia basicamente o modelo de ensino tradicional do regime militar, embora os gestores tentassem esconder às vezes tal fato. Durante os onze anos em que lá estudei, tinha que seguir regras bem rígidas, como por exemplo, horários para entrada e saída sem concessões, fila para a entrada e o intervalo (recreio) estando dispostos de um lado só meninos e outro só meninas, orações em todas as entradas diariamente, hora cívica todas as sextas-feiras cantando todos os hinos possíveis (do Distrito Federal, Nacional, da Independência e da Bandeira), advertências e suspensões em caso de indisciplina em sala de aula (quantas vezes levei umas boas palmadas entre os meus 7 e 12...