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Mostrando postagens com o rótulo Enfermidade
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  APRENDENDO A MORRER... Por MÁRIO QUINTANA Minha Morte nasceu quando eu nasci Despertou, balbuciou, cresceu comigo E dançamos de roda ao luar amigo Na pequenina rua em que vivi. Já não tem aquele jeito antigo De rir que, ai de mim, também perdi Mas inda agora a estou sentindo aqui grave e boa a escutar o que lhe digo. Tu que és minha doce prometida Nem sei quando serão nossas bodas Se hoje mesmo…ou no fim de longa vida. E as horas lá se vão loucas ou tristes Mas é tão bom em meio as horas todas Pensar em ti, saber que tu existes. Este quarto de enfermo, tão deserto de tudo, pois nem livros eu já leio e a própria vida eu a deixei no meio como um romance que ficasse aberto… Que me importa este quarto, em que desperto como se despertasse em quarto alheio? Eu olho é o céu! Imensamente perto, o céu que me descansa como um seio. Pois só o céu é que está perto, sim, tão perto e tão amigo que parece um grande olhar azul pousado em mim. A morte deveria ser assim: um céu que p...
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SÓ MAIS UMA OPORTUNIDADE NA VIDA PELO MENOS DEUS... Por JORGE ESCHRIQUI Fico em casa neste final de ano só sonhando com a minha cura... Ponho os ritmos que eu gostava de dançar em bailes de dança de salão em academia. Entre todos os ritmos, o que eu mais gostava era o Zouk. O Zouk marcou muito a juventude que frequentava as academias de dança de salão nos anos 2000 e 2010. É um ritmo que, embora sensual, não é vulgar. Ao contrário, as suas músicas caracterizadas pela batida mais forte a cada três tons. O mais tradicional sempre é cantado em francês. Por outro lado, o Zouk moderno normalmente são sucessos internacionais em inglês dos anos 80 e 90 que são remixados de firma a se adequar ao ritmo e à batida dos tons da música. O Zouk é sensual porque ele envolve movimentos que encenam um suposto jogo de sedução, ainda que respeitosamente (pois dança de salão nunca teve nada a ver com qualquer forma de assédio). Dança-se normalmente bem junto, com movimentos que exigem muito "mole...
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 "GRACIAS A LA VIDA QUE ME DADO TANTO" Por Jorge Eschriqui O amanhecer de cada dia é simplesmente um novo renascimento. E em cada renascimento, quando estamos enfermos, descobrimos aquilo que é realmente essencial em nossas vidas. Talvez até mais que tal fato, despertamos dentro de nós forças que às vezes costumam ficar adormecidas (resiliência da dor, paciência, determinação, fé, coragem...). Também percebemos quem realmente é nosso verdadeiro amigo. Porque se dizer amigo no momento em que você está com plena saúde, sem gastar com tratamento ou medicamentos, indo para eventos sociais, dando presentes, sendo o motorista da "festa" por não beber. Nestes breves instantes, você está rodeado de "amigos". Entretanto, quando você se depara com a enfermidade e deixa por esta razão de frequentar rodas sociais, parece que tudo era simples ilusão... Olhamos ao nosso redor e nos deparamos a sós. Afinal, onde estava o carro do ano que levava "aqueles amigos...