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Mostrando postagens com o rótulo Desigualdade Social
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A HERANÇA DA POLÍTICA ECONÔMICA DA DITADURA CIVIL MILITAR: ÊXODO RURAL, CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA, AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL, ENDIVIDAMENTO EXTERNO, ARROCHO SALARIAL, HIPERINFLAÇÃO E DETERIORAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO (Fatos históricos sobre o regime militar no Brasil de 1964 a 1985 que não devem ser esquecidos) Por Luís Barrucho (Jornalista da BBC News Brasil em Londres) Não é incomum que o período do regime militar no Brasil, entre 1964 e 1985, seja lembrado por alguns com certa nostalgia como um tempo marcado por um forte crescimento da economia, que ficou conhecido "milagre econômico". A economia brasileira nunca cresceu tanto - antes ou depois. A taxa média de crescimento nesse período girava em torno de 10% por ano. Mas especialistas notam que o regime militar deixou para o país uma herança maldita para a economia, como o agravamento de alguns dos problemas que ainda marcam o noticiário econômico brasileiro, como o endividamento do setor público e o aumento d...
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  A obra "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada" - Carolina Maria de Jesus Carolina Maria de Jesus foi uma autora negra, favelada e catadora de papel que viveu na favela do Canindé, em São Paulo. A narrativa de "Quarto de Despejo" foi iniciada em 1955, mas ela não se encerra no final da edição. Há ainda hoje resquícios das temáticas que Carolina retrata em sua vida, que nos possibilitam uma reflexão profunda sobre a sociedade atual: a politicagem, a violência doméstica, o descaso com a população menos favorecida, preconceitos e a educação. Tais questões devem ser pensadas e voltadas à formação do indivíduo como ser social e ativo, consciente da sua realidade, com perspectivas de possíveis mudanças transformadoras. A oportunidade da publicação do diário "Quarto de Despejo" emerge com o jornalista Audálio Dantas, em 1958, que, vivenciando uma fase da cultura de comunicação de massas no Brasil, tornava público o jornalismo de den...
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  A DOR DO MUNDO 1. "Humanizar a Humanidade" - Contexto Histórico de "A Dor do Mundo" de Dom Helder Câmara : Por EDUARDO HOORNAERT / ALDER JÚLIO FERREIRA CALADO Anos "de chumbo" se anunciam durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil. Todavia, Dom Helder Câmara não deixa de fazer denúncias referentes às desigualdades sociais, utilizando-se para tal finalidade em suas cartas o pseudônimo de "Padre José". No poema "A Dor do Mundo", ele expressa a dor do mundo, que se configura como a dor do pobre por causa da discriminação, marginalização, opressão e violência. Para Dom Helder, é no pobre que Deus aparece de modo mais surpreendente. A presença de Deus no pobre sempre surpreende: "de repente, comecei a conversar com Deus escondido no pobre. Aí foi conversa de doido" (Carta Circular 22-23/3/1965, II, II, p. 295). A classe burguesa se expressa pela imagem de quem anda por ruas intransitáveis, em que ninguém se encontra...