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LIVRO ALBERTO TORRES E AS ORIGENS DO PENSAMENTO NACIONALISTA AUTORITÁRIO NA REPÚBLICA BRASILEIRA Venho mui respeitosamente compartilhar com os leitores deste blog uma importante contribuição minha para a compreensão da História do Brasil República e uma reflexão crítica sobre o momento político atual do país. Trata-se do lançamento e da publicação pela Editora Thesaurus de Brasília da obra intitulada "Alberto Torres e as origens do pensamento nacionalista autoritário na República brasileira". Neste livro, o autor apresenta os ensaios de caráter sociológico de Alberto Torres que constituíram, em princípios do século XX, numa tentativa de síntese da realidade brasileira. Torres esforçou-se para construir um autoconhecimento da sociedade brasileira e, a partir deste, elaborou um projeto de política nacional para a promoção do desenvolvimento e a construção de uma unidade nacional por meio de uma ação efetiva de um governo central forte no sentido de estimular a modernização ...
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  TEMPO DE COMPLACÊNCIA E DE ACOMODAÇÃO Por DARCY RIBEIRO (Montes Claros-MG, 1922 – Brasília-DF, 1997. Antropólogo, historiador, sociólogo escritor e político, conhecido por seu foco em relação aos indígenas e à educação no país). Vivemos um tempo de complacência e de acomodação. Mesmo os princípios democráticos mais elementares em que se assenta o regime republicano são esquecidos e negados exatamente por aqueles que mais deviam cuidar de sua inteireza. Difundiu-se em todas as esferas influentes do país, aquelas que mais pesam na tomada de decisões administrativas, legislativas e mesmo judiciárias, uma verdadeira ojeriza às questões de princípio. Assim, quem quer que se disponha a exigir coerência doutrinária nos atos públicos ou o exame das questões públicas à luz de princípios meridianamente expressos na Constituição, depara com um círculo fechado de estranheza e até de perplexidade. É como se tudo devesse ser decidido, por uma questão de bom gosto e de bom tom, nos t...
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  A REPÚBLICA DE PLATÃO E A EDUCAÇÃO COMO CONVERSÃO DA ALMA Arístocles é o verdadeiro nome de Platão (428-347 a.C.). Ateniense de família aristocrática, sentia-se atraído por política, apesar de ter sofrido pesados reveses ao tentar pôr em prática suas teorias. Por exemplo, após ser bem recebido na Sicília por Dionísio, o Velho, foi vendido como escravo, mas por sorte um rico armador o reconheceu e libertou. Em Atenas, lecionou durante 40 anos na Academia, um dos ginásios de ensino superior da cidade. No Livro VII de "A República", Platão expõe o mito da caverna, uma alegoria usada para melhor explicar sua teoria. Segundo esse relato, homens se encontram acorrentados em uma caverna desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada, apenas enxergam o fundo da caverna. Aí são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar, à luz do dia, os ver...