DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL
São duas ciências de conhecimento que se diferenciam, embora tenham muitas interligações entre elas.
A Moral se baseia em regras que fornecem uma certa previsão sobre os atos humanos. A Moral estabelece regras que devem ser assumidas pelo homem como uma maneira de garantia do seu bem viver. A Moral garante uma identidade entre pessoas que podem até não se conhecer, mas utilizam uma mesma referência de Moral entre elas.
Por outro lado, a Ética é um estudo amplo do que é bem e do que é mal. O objetivo da Ética é buscar justificativas para o cumprimento das regras propostas pela Moral. É diferente da Moral, pois não estabelece regras. A reflexão sobre os atos humanos é que caracterizam o ser humano ético.
Ter Ética é fazer a coisa certa com base no motivo certo.
A noção de Ética é, portanto, muito ampla e inclui vários princípios básicos e transversais que são:
(1) O da Integridade: devemos agir com base em princípios e valores e não em função do que é mais fácil ou do que nos trás mais benefícios;
(2) O da Confiança/Credibilidade: devemos agir com coerência e consistência, quer na ação, quer na comunicação;
(3) O da Responsabilidade: devemos assumir a responsabilidade pelos nossos atos, o que implica cumprir com todos os nossos deveres;
(4) O de Justiça: as nossas decisões devem ser suportadas, transparentes e objetivas, tratando da mesma forma aquilo que é igual ou semelhante;
(5) O da Lealdade: devemos agir com o mesmo espírito de lealdade e de transparência que esperamos dos outros;
(6) O da Competência: devemos apenas aceitar as funções para as quais tenhamos os conhecimentos e a experiência que o exercício dessas funções requer;
(7) O da Independência: devemos assegurar no exercício de funções de interesse público que as nossas opiniões não são influenciadas por fatores alheios a esse interesse público.
Eis alguns desafios éticos com os quais o ser humano se defronta diariamente:
(1) Se não é proibido/ilegal, pode ser feito? É óbvio que existem escolhas que, embora não estando especificamente referidas na lei ou nas normas como proibidas, não devem ser tomadas;
(2) Todos os outros fazem isso, por que eu não devo fazer também? Ao longo da história da humanidade, o homem esforçou-se sempre para legitimar o seu comportamento, mesmo quando utiliza técnicas eticamente reprováveis.
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