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Mostrando postagens de 2025
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  AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DE HISTÓRIA QUE OS PROFESSORES DA DISCIPLINA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DEVERIAM DOMINAR... Por JORGE ESCHRIQUI O mais aspecto mais significativo da História diz respeito ao carácter simultaneamente objetivo e subjetivo da ciência histórica. Por um lado, a cientificidade e a validade acadêmica (a aceitação e o reconhecimento do trabalho do historiador pelos demais colegas de universidade) do conhecimento histórico estão baseadas na utilização de um arcabouço teórico-metodológico, enquanto resultado de séculos de estudos sobre Teoria da História, Filosofia da História e Historiografia, que possibilita as práticas de heurística (levantamento de dados e informações presentes em diferentes tipos de fontes) e hermenêutica (técnicas de análise de documentos que possibilitam se comprovar a ocorrência de certos fenômenos e fatos históricos). Assim, constitui-se uma pesquisa que busca resgatar para o tempo presente as ações de diversos personagens em um determ...
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  QUAL HISTÓRIA ENSINAR PARA AS CRIANÇAS E OS JOVENS NAS SALAS DE AULA DO BRASIL? Por JORGE ESCHRIQUI A resposta ao questionamento sobre o que ensinar em História passa pela percepção de que é impossível ensinar toda a história de todos os tempos e de todas as sociedades. Diante de tal constatação, faz-se necessária a seleção de tema essenciais para o ensino desta disciplina que possibilitem aos alunos a reflexão, o questionamento e a intervenção consciente na realidade na qual estão inseridos, enxergando-se como sujeitos ativos da História e agentes transformadores da sociedade. Entretanto, para que este objetivo da disciplina seja alcançado, é importante possibilitar aos discentes uma aprendizagem fundamentada em uma abordagem dos acontecimentos históricos como resultado das ações de todos os homens e não apenas de "grandes personagens" (governantes, generais, diplomatas, papas, etc.) e as conquistas de direitos políticos, sociais e civis como fruto de lutas, n...
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  PRECISO AMAR PARA QUE SEJA AMADO Por JORGE ESCHRIQUI Antes de se dizer que ama ou é apaixonado(a) por alguém e considerá-la(o) como namorada(o), noiva(o) ou esposa(o), é preciso partir-se do pressuposto de que não se aprende a amar ninguém quando não se dá valor à própria vida e não se ama aos seus semelhantes e ao mundo que o(a) rodeia. Como se aprende a amar à própria vida? Quando é desnecessário perder a saúde física, mental ou espiritual para que se possa agradecer pela própria existência diariamente. Um ponto de partida é refletir sobre a própria concepção. Entre milhares ou milhões de espermatozoides no útero materno, eu venci a disputa e consegui fecundar o óvulo que iniciaria a minha luta pela vida. Durante a gestão materna, podemos pensar que temos sorte e somos seres abençoados quando não somos frutos de violência sexual, não somos abortados e somos tratados com afeto quando a mãe possui condições materiais e faz todos os acompanhamentos pré-natal e o pai d...
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POR QUE NÃO EXISTE COMPONENTE CURRICULAR NEUTRO?: O EXEMPLO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI Às escolas de Educação Básica são endereçados determinados conteúdos específicos. Tais conteúdos são selecionados e elaborados em ambientes externos de produção porque os programas curriculares representam as demandas políticas, sociais, econômicas e culturais presentes nos projetos políticos nacionais de cada contexto histórico. Em outras palavras, não há a separação dos conteúdos curriculares dos diferentes projetos de nação elaborados pelo Estado em diferentes momentos da história. Um caso específico que pode ser analisado para referendar a afirmação citada no parágrafo anterior diz respeito à História, que sempre foi um ponto estratégico na política estatal. Em 1837, quando surgiu esta disciplina no Colégio D. Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, a preocupação dos conteúdos deveria ser com um ensino baseado em narrativas históricas permeadas ...
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O EXERCÍCIO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE ISONÔMICA POR MEIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Por JORGE ESCHRIQUI A Constituição da República Federativa do Brasil aborda no artigo 5.º o princípio da igualdade nos seguintes termos: "São iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]". De acordo com este princípio constitucional, o exercício da cidadania tem como base a ideia de condições isonômicas para que os indivíduos possam usufruir os seus direitos e cumprir os seus deveres, impedindo-se, assim, tratamentos discriminatórios perante a aplicação das normas jurídicas em decorrência de diferenciações de sexo, raça, religião, convicções filosóficas ou religiosas, orientação sexual, classe social e "deficiências". Embora teoricamente as diferenças econômicas entre os indivídu...
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  OS INDICADORES DE QUALIDADE DA ESCOLA BRASILEIRA Por JORGE ESCHRIQUI Não há um conceito único para qualidade na escola. Afinal, ele se vincula à mentalidade, à cultura e às necessidades políticas, econômicas e sociais de cada sociedade nos diferentes períodos históricos. A qualidade na escola está relacionada com a seguinte pergunta: Que tipo de pessoas espera-se formar ao final da Educação Básica nas instituições de ensino do país? Em outras palavras, é impossível não se refletir sobre a qualidade sem deixar de lado o pensamento sobre o tipo de ensino e aprendizagem ofertado às crianças e aos jovens brasileiros. Ademais, como não há padronização para o alcance da qualidade na escola, pois, como já foi abordado anteriormente, tal conceito está diretamente relacionado com uma determinada realidade sócio histórica, a melhor alternativa para que haja parâmetros entre o ensino atual e o desejado é conhecer a própria comunidade escolar e a sociedade na qual ela está inserid...
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A INICIAÇÃO NA PESQUISA CIENTÍFICA PODE SER UM IMPORTANTE RECURSO DIDÁTICO PARA A APRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA?: O EXEMPLO DA ANÁLISE DE DOCUMENTOS NO ENSINO DE HISTÓRIA Por JORGE ESCHRIQUI A História apresenta duas faces. Uma face científica caracterizada pela objetividade e outra artística ou literária marcada pela subjetividade. A face científica ou objetiva diz respeito à constatação de que a História se constitui em uma ciência que apresenta uma linguagem acadêmica durante a escrita da produção de uma pesquisa (historiografia) e um arcabouço teórico e metodológico próprio no tratamento do objeto de estudo (epistemologia), além de possuir técnicas para identificar a validade dos dados presentes em documentos (heurística). Contudo, tanto os documentos quanto os trabalhos historiográficos não conseguem contemplar o passado em sua totalidade. Isto se deve sobretudo ao fato de que a produção histórica está permeada pelas visões de mundo e pelos val...
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  AS CIÊNCIAS HUMANAS E A FORMAÇÃO HUMANA DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI A escola e, em especial, as Ciências Humanas, podem contribuir para a formação humana do educando por meio da abordagem de conhecimentos em sala de aula que sejam relevantes para a vida presente e futura do aluno, ou seja, para além dos limites físicos da instituição de ensino. Uma educação preocupada com a formação humana do discente implica em literalmente prepará-lo para a vida, isto é, em promover conhecimentos que possam ser continuamente mobilizados durante a sua existência como instrumentos necessários para uma reflexão crítica e atuação consciente diante dos problemas da sociedade na qual ele está inserido enquanto cidadão. A área das Ciências Humanas no currículo escolar (História, Geografia, Sociologia e Filosofia) deve pautar-se pelo estudo dos seres humanos em suas múltiplas relações. Os seus saberes precisam ser mobilizados na escola com a finalidade de auxilia...
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A INCLUSÃO SOCIAL E A DESNATURALIZAÇÃO DOS PRECONCEITOS DURANTE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS Por JORGE ESCHRIQUI Uma das funções do professor nos espaços educativos é contribuir para a formação intelectual e humana dos alunos, tendo como princípio norteador uma didática na qual estes sejam sujeitos ativos no processo de ensino e aprendizagem e não apenas meros depósitos de conteúdos prontos e acabados. Para que tal prática ocorra, faz-se necessário o planejamento das etapas do trabalho pedagógico de abordagem dos diversos conteúdos, levando-se em consideração os programas curriculares e o Projeto Político-Pedagógico de cada instituição escolar. Neste sentido, é imprescindível um diagnóstico das condições sociais, econômicas e culturais das turmas de estudantes com as quais se desenvolverá a prática docente, o uso de recursos e a implementação de atividades que realizem a transposição didática dos conhecimentos escolares para a realidade dos discentes e, cons...
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  OS AGENTES DO PROCESSO PEDAGÓGICO Por JORGE ESCHRIQUI Uma relação de respeito entre educador e educandos em ambientes diversificados de ensino e aprendizagem tem como pressuposto uma análise prévia por parte do docente do contexto social no qual se insere o público discente com o qual irá desenvolver o seu trabalho pedagógico antes da elaboração do planejamento das aulas e da adoção de uma metodologia de ensino. Por outro lado, esta análise prévia deve se pautar por uma atitude de alteridade que possibilite ao educador o reconhecimento dos aspectos culturais característicos de cada grupo social, étnico e cultural com os quais interagirá em diversos ambientes educacionais, evitando-se tornar as diferenças em fator que o induza a pré-julgamentos que interferem negativamente nos objetivos de seu trabalho pedagógico. Pelo contrário, tais diferenças devem constituir-se em elemento de reconhecimento do outro e de aceitação da pluralidade. A partir do momento em que o prof...
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SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS TEORIAS DE JEAN PIAGET E LEV VYGOTSKY - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM Por JORGE ESCHRIQUI (1) Semelhanças entre Jean Piaget e Lev Vygotsky : Piaget e Vygotsky são interacionistas, ou seja, defendem a interação de fatores inatos e fatores ambientais durante o processo de desenvolvimento humano. Tanto o meio quanto o organismo exercem influência entre si. Atribuem um papel importante à relação entre as pessoas e destas com os objetos que as cercam. A relação indivíduo/sociedade é vista como uma relação dialética na qual um constitui o outro, isto é, o homem constrói-se ao construir a sua realidade. São construtivistas, isto é, afirmam que o desenvolvimento intelectual dá-se por meio das relações recíprocas do homem com o meio. O convívio social é fator determinante para o desenvolvimento humano e o curso de sua vida pode ser modificado a partir das relações sociais estabelecidas. Os dois autores opõem-se às teorias...
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  AS DIFERENTES PERSPECTIVAS SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI (1) Qual é o papel da História na avaliação dos acontecimentos atuais? O papel da História na escola é retirar os jovens de um "presenteísmo" que os impede a percepção no passado da presença de possíveis fatores explicativos para o entendimento de fatos e fenômenos do mundo contemporâneo. Tal "presenteísmo" pode ser explicado pelos hábitos de consumo intensos implantados pela fase atual do sistema capitalista que procura constantemente relacionar o novo com o moderno e o antigo com o velho ou ultrapassado e vincular a autoestima dos indivíduos com o consumo desenfreado e, muitas vezes, irracional de novos objetos e tecnologias lançados constantemente. Além disso, o estado de "presentificação" está baseado também na massificação de informações que são compartilhadas no mundo globalizado por diversos meios de comunicação. Informações que normalmente são desp...