Postagens

Imagem
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE NOÇÕES BÁSICAS DE PSICOLOGIA PARA O EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO NA EDUCAÇÃO BÁSICA Por JORGE ESCHRIQUI O conhecimento de noções básicas de Psicologia é fundamental para o exercício do magistério em decorrência do tempo escasso que as famílias dispõem para os filhos em uma sociedade em que os casais precisam trabalhar para a sustentação dos lares e acontece a perda de valores e identidades tradicionais ocasionada pelos processos de migrações e urbanização intensificados desde os anos 1950 (processo que pode resultar na desestruturação das famílias motivada pelas más condições de vida e pela violência, principalmente, nas periferias dos centros urbanos). É esta a clientela de crianças e jovens com a qual os professores da Educação Básica deparam-se frequentemente nas escolas públicas. Trata-se de crianças e jovens que normalmente têm no convívio escolar o seu único meio de socialização e que veem nos colegas e funcionários da escola, sobretudo no...
Imagem
  A DIFERENÇA ENTRE INSTRUÇÃO E EDUCAÇÃO Por JORGE ESCHRIQUI Instruir é capacitar e habilitar o indivíduo para a aquisição de certos conhecimentos que o possibilitem a realização de certas tarefas. Quando uma escola ou um curso pré-vestibular treina o aluno através da repetição contínua de vários exercícios sobre um conteúdo ou da aplicação de simulados para que seja aprovado em uma prova de avaliação do rendimento ou de vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), está o adestrando para manter um certo ritmo e estilo de estudo com objetivos imediatos. Trata-se de um modelo pedagógico que não busca a construção de um conhecimento crítico e reflexivo, no qual o aluno também participe como agente ativo no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que o objetivo não é este. O objetivo central da instrução neste caso é somente a aquisição imediata e momentânea de conhecimentos em diversas disciplinas com o fim de que o estudante seja aprovado. Uma vez aprovado, p...
Imagem
A LEITURA, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADO AO CONHECIMENTO DO MUNDO NO ENSINO MÉDIO Por JORGE ESCHRIQUI Os alunos da Educação Básica demonstram um certo desinteresse pela área de Ciências Humanas decorrente da resistência à leitura. A disciplina de História, por exemplo, pode contribuir para a solução deste problema educacional desde que os professores reflitam sobre quais fatores de ordem social e cultural podem ser apontados como explicativos para a prática de resistência à leitura. Além disso, mais do que refletirem sobre tais questões, os docentes devem rever os seus próprios hábitos de leitura e precisam buscar práticas pedagógicas que incentivem os estudantes a ler. Há a necessidade da abordagem dos conteúdos tratados em sala de aula a partir de uma problematização fundamentada na leitura de textos. No caso específico da História, a disciplina pode possibilitar o desenvolvimento das habilidades de leitura, reflexão e escrita por meio da interpreta...
Imagem
  A METODOLOGIA DE PROJETOS EDUCATIVOS NAS ESCOLAS Por JORGE ESCHRIQUI A Metodologia é o estudo das etapas a seguir em um determinado processo. Mais suscintamente, é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no percurso de uma determinada atividade, obedecendo a um tempo previamente estabelecido e adotando recursos humanos e materiais. O resultado final de todo procedimento metodológico é um material documentado (relatório) com análises sobre o alcance ou não dos objetivos previamente estabelecidos para as diversas fases e etapas de um projeto. Como a atividade de elaborar e desenvolver projetos educativos pode se tornar uma metodologia? Primeiramente, é inconcebível se pensar em projetos no ambiente escolar sem uma definição dos caminhos a serem seguidos pelo professor e pelos alunos para a definição das fases ou etapas do processo de estudo de certo tema a partir dos problemas ou necessidades visando ao alcance de determinados obje...
Imagem
A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, A CULTURA ESCOLAR E A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DO TRABALHO PEDAGÓGICO Por JORGE ESCHRIQUI Enquanto uma importante instituição social, a função da escola é o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e emocionais dos alunos por meio da aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores) que deve acontecer de maneira contextualizada. Assim, torna-se viável o despertar da cidadania participativa em uma sociedade democrática nos estudantes. O alcance deste objetivo demanda uma reflexão por parte de todos os membros da comunidade escolar (equipe pedagógica, gestor escolar, professor, demais funcionários, família e discentes) sobre o tipo de trabalho que se desenvolve na instituição de ensino e quais resultados se tem obtido para favorecer o acesso ao conhecimento. Para se conquistar o sucesso na formação dos alunos para o exercício da cidadania e a preparação para o me...
Imagem
  ASPECTOS GERAIS SOBRE O LIVRO DIDÁTICO E O CONCEITO DE TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA Por JORGE ESCHRIQUI A afirmação de que o livro didático seria um produto da indústria cultural prestes a ser aposentado fundamenta-se principalmente na argumentação de que este recurso didático seria utilizado como uma espécie de "muleta" pedagógica por parte de professores mal formados para a escolha de conteúdos, conceitos, competências e habilidades a serem trabalhados em sala a partir da forma como são organizados e abordados teórica e metodologicamente os assuntos pelo livro. Dessa maneira, ao invés de se constituir em um dos possíveis recursos a serem empregados em um processo de aprendizagem reflexiva dos conteúdos por parte dos discentes, acaba por se tornar em um instrumento de memorização de informações em um processo de ensino tradicional no qual o aluno é tratado como um agente passivo durante a aprendizagem, ou seja, um mero receptáculo de conteúdos sem reflexão crítica e desc...
Imagem
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, RELAÇÕES INTERPESSOAIS E AFETO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Por JORGE ESCHRIQUI No ambiente escolar os alunos e os professores não são somente sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, mas também atores sociais imersos em uma cultura e com histórias particulares de vida. O docente tem diante de si na sala de aula indivíduos que trazem consigo os seus componentes histórico, cultural, afetivo, linguístico, entre outros. Se o processo de ensino e aprendizagem ocorre em um espaço de socialização no qual há a transmissão de conhecimentos, hábitos, atitudes e valores compartilhados pela coletividade e resultantes de séculos de produção cultural da civilização ocidental, por outro lado, não se deve perder de vista a diversidade existente entre os seres humanos como consequência de um processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor específico explicado pelas peculiaridades físicas, da formação e da trajetória de vida de cada um. Por...
Imagem
  O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E A EDUCAÇÃO NACIONAL COMO POLÍTICA DE ESTADO Por JORGE ESCHRIQUI A Educação no Brasil necessita ser pensada como uma política de Estado, o que implica na adoção de ações a médio e longo prazo independentemente do viés político-partidário do governo que esteja no poder nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. Tais ações demandam um planejamento estratégico, isto é, devem ser o resultado de: (a) políticas públicas provenientes de diagnósticos sobre os problemas e os avanços observados na Educação brasileira nas últimas décadas; (b) medidas baseadas em objetivos, metas e estratégias visando à melhoria da qualidade do ensino; e (c) acompanhamento e permanente revisão das políticas educacionais diante dos novos desafios impostos pelas constantes transformações pelas quais passam as sociedades contemporâneas no mundo globalizado. O contexto histórico atual é caracterizado por uma maior competitividade explicada pelo aumento das t...
Imagem
O CONCEITO DE AUTONOMIA ESCOLAR E A SUA PRESENÇA NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS PÚBLICAS Por JORGE ESCHRIQUI O conceito de autonomia diz respeito à faculdade de que os indivíduos e as organizações dispõem para se regerem por regras próprias. A partir desta noção, pode-se pensar a autonomia escolar como o instrumento legal presente em documentos oficiais, como por exemplo, nos artigos 12 a 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei n.º 9.394/96), que possibilita às instituições de ensino a capacidade de construção do seu Projeto Político-Pedagógico de forma coletiva e democrática a partir da participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios. A autonomia escolar é o resultado final de um processo histórico de lutas por parte de diversos setores da sociedade brasileira na década de 1980, mobilizados em torno de movimentos como o Fórum Nacional em Defesa da Educação Pública, que lutavam pelo estab...
Imagem
  A ARTICULAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE ENSINO BRASILEIRO E O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Por JORGE ESCHRIQUI O sistema educacional brasileiro organiza-se nas seguintes instâncias: federal, estaduais e municipais. Tais instâncias relacionam-se de modo que haja uma integração de normas, objetivos e finalidades comuns para a educação brasileira. O Plano Nacional de Educação possui as diretrizes, metas e estratégias que devem nortear as ações educacionais no país, enfatizando-se neste documento as iniciativas de coordenação e compartilhamento de responsabilidades entre os sistemas federal, estaduais e municipais com a finalidade de melhorar consideravelmente a qualidade da Educação no Brasil. Entre os meios encontrados pelo PNE para a garantia do engajamento e a ação coordenada entre os entes federativos na área educacional está a obrigação por parte de Estados e Municípios da elaboração de um planejamento regional alinhado às metas predefinidas pelo plano, levando-se em consider...